Na tarde de terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu perante empresários a política de inclusão social e a redistribuição da riqueza no país, enfatizando que os brasileiros mais pobres não compram dólares, mas sim alimentos. Essas declarações surgiram duas semanas após Lula ter sido alertado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e por economistas tanto do governo quanto externos sobre o impacto de seus discursos no mercado cambial e sua influência na inflação.

Durante um discurso realizado durante uma reunião no Palácio do Planalto para anúncios relacionados ao setor de alimentos, Lula afirmou: "O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando tem um pouco de dinheiro, ele não compra dólar, ele compra comida. Ele compra coisas para a família."

Ele continuou, destacando o desejo de ver o país prosperar: "É esse país que queremos ver dar certo. É fazer com que o dinheiro circule neste país. É por isso que aumentamos o salário mínimo de acordo com o crescimento do PIB, porque é natural que, quando o PIB cresce, distribuímos essa riqueza entre todos: empresários, trabalhadores e aposentados."

Editorial Sensus

O PIB não é o total da riqueza existente em um país. Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de que o PIB seria um estoque de valor que existe na economia, como uma espécie de tesouro nacional. Na realidade, o PIB é um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante um período.