As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta terça-feira (1º) que o Irã lançou mísseis balísticos contra seu território, conforme antecipado por fontes do governo dos Estados Unidos. A ofensiva, que seria uma retaliação aos recentes ataques israelenses ao Hezbollah, desencadeou a ativação de alarmes antiaéreos em todo o país.

Segundo as FDI, Israel, com apoio dos EUA, interceptou "um grande número" dos 180 mísseis balísticos disparados nesta terça-feira. O suporte norte-americano incluiu a identificação antecipada do ataque e o auxílio nas operações de defesa.

Logo após o início do ataque, o Exército israelense emitiu um comunicado instruindo a população a buscar abrigo e permanecer em áreas protegidas. "Recomendamos que você permaneça em uma área segura até novo aviso", informaram as autoridades militares.

Em Jerusalém, além das sirenes, foram vistas interceptações no céu e ouvidas explosões. A defesa israelense destacou que os estrondos relatados em várias partes do país, como Tel Aviv, região do Mar Morto e Sharon, eram "interceptações ou impactos" de fragmentos ou foguetes.

De acordo com as FDI, a capacidade operacional da Força Aérea Israelense não foi prejudicada, e os aviões, defesas aéreas e o controle de tráfego aéreo seguem operando normalmente.

A Guarda Revolucionária do Irã confirmou o ataque, relatando que dezenas de mísseis foram lançados em direção a Israel. Teerã alertou que qualquer retaliação israelense resultaria em uma "resposta ainda mais devastadora".

Em comunicado, a missão iraniana na ONU descreveu o ataque como uma "resposta legítima e racional aos atos terroristas do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos, além da violação da soberania da República Islâmica".

Este é o primeiro ataque direto do Irã contra Israel desde abril, quando mísseis e drones foram usados contra duas bases aéreas israelenses em retaliação à morte de sete membros da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco. Naquela ocasião, os danos foram limitados.

Em resposta à escalada, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reuniu-se com o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, e outros líderes militares para discutir a ameaça iraniana.

O governo dos Estados Unidos, liderado por Joe Biden, também realizou uma reunião nesta tarde para avaliar a situação no Oriente Médio. Estiveram presentes a vice-presidente Kamala Harris e seus conselheiros de segurança nacional. Em comunicado, a Casa Branca afirmou que "foram revisados os preparativos dos EUA para auxiliar Israel em sua defesa e garantir a segurança do pessoal norte-americano na região".