A administração de Donald Trump anunciou uma série de medidas destinadas a reduzir a máquina pública, eliminando programas e iniciativas necessárias no âmbito do governo federal, especialmente aqueles que envolvem diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA). Essas ações reforçam uma política de estado mais abrangente e focada em limitar responsabilidades aos indivíduos, promovendo uma gestão governamental baseada na meritocracia e afastando questões identitárias de seu escopo.

Na quarta-feira (22), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que todos os funcionários relacionados às iniciativas de diversidade foram implementadas em licença administrativa remunerada, enquanto o governo toma medidas para encerrar completamente esses programas. A decisão faz parte de um esforço mais amplo que, já no primeiro dia do segundo mandato de Trump, incluía a revogação de ordens executivas que promoviam a igualdade LGBTQ+ e a introdução de decretos que regulam oficialmente apenas dois gêneros: masculino e feminino.

Em seu discurso inaugural, Trump enfatizou a importância de abandonar políticas que, segundo ele, dividem a sociedade com base em raça e gênero. “Esta semana, porei fim à política governamental de tentar incorporar socialmente a raça e o gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Vamos forjar uma sociedade que não enxergará dois núcleos e será baseada no mérito. Será política oficial dos EUA que existem apenas dois gêneros, masculino e feminino", afirmou.

Estas medidas, segundo a administração Trump, visam eliminar interferências governamentais em áreas que deveriam ser exclusivamente de responsabilidade individual, aliviando o peso da burocracia estatal e promovendo uma maior liberdade para os cidadãos gerirem as suas próprias vidas.

Entre outras ações, a Casa Branca instruiu o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna a remover opções como "não binário" e "outros" de documentos federais, incluindo passaportes e vistos. Além disso, algumas mudanças simbólicas foram rompidas, como a retirada da versão em espanhol do site oficial da Casa Branca e o desmonte de perfis e páginas relacionadas a temas como liberdade reprodutiva e inclusão.

Essas decisões refletem uma mudança estratégica na abordagem governamental, priorizando a eficiência administrativa e o respeito às escolhas individuais, ao mesmo tempo que eliminam iniciativas que, na visão da gestão Trump, ultrapassaram o papel essencial do estado.