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São Paulo,07/05/2025

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Putin descarta uso imediato de armas nucleares na Ucrânia: 'Espero que não sejam necessárias'

Ataques continuam em meio a negociações estagnadas.


Putin descarta uso imediato de armas nucleares na Ucrânia: 'Espero que não sejam necessárias'

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o país possui força e recursos suficientes para levar o conflito na Ucrânia a uma “conclusão lógica”, segundo trecho de entrevista divulgado neste domingo (5) pela televisão estatal russa, por meio do Telegram.


Ao ser questionado sobre os ataques ucranianos em território russo, Putin afirmou que ainda não considera necessário recorrer ao uso de armamento nuclear. “Ainda não houve necessidade de usar essas [armas nucleares]... e espero que não sejam necessárias”, disse.


O presidente russo acrescentou: “Temos força e meios suficientes para levar o que foi iniciado em 2022 a uma conclusão lógica, com o resultado que a Rússia exige”. Em novembro de 2024, Putin assinou uma nova versão da doutrina nuclear da Rússia, que flexibiliza as condições para uso do arsenal nuclear, inclusive em resposta a ataques convencionais apoiados por potências nucleares.


Trégua temporária e divergências sobre cessar-fogo


No final de abril, Putin anunciou um cessar-fogo unilateral de 72 horas na Ucrânia, com início previsto para a madrugada de 8 de maio e término em 10 de maio, em alusão ao Dia da Vitória, que marca a rendição da Alemanha nazista em 1945. O Kremlin informou que a trégua foi estabelecida por “razões humanitárias”.


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu dizendo que a medida é uma tentativa de amenizar a percepção do conflito antes das celebrações russas. Zelensky voltou a defender uma proposta de cessar-fogo mais ampla, com duração de 30 dias, como sugerido anteriormente pelos Estados Unidos. Segundo ele, uma pausa mais duradoura nas hostilidades poderia representar um avanço nas negociações de paz.


Ataques continuam em meio a negociações estagnadas


Apesar do anúncio de trégua, novos ataques ocorreram durante a madrugada deste domingo (5). De acordo com o Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia, 11 pessoas ficaram feridas após um ataque com drones em Kiev, incluindo duas crianças.


Relatos de moradores da capital ucraniana descreveram explosões e destruição em áreas residenciais. A estudante Daryna Kravchuk, de 18 anos, contou à agência Associated Press que o impacto das explosões ocorreu minutos após o alerta aéreo. “Cinco ou seis minutos depois do alerta, ouvimos um impacto forte, tudo começou a tremer. Foram três explosões quase seguidas”, afirmou.


Outro ataque, registrado na região de Sumy, no nordeste do país, matou uma pessoa após a queda de uma bomba guiada, segundo o governador regional Oleh Hryhorov.


A força aérea ucraniana informou que a Rússia lançou, durante a madrugada, 165 drones, entre armados e de reconhecimento. Desses, 69 foram abatidos, enquanto cerca de 80 perderam-se possivelmente por interferência eletrônica. Além disso, dois mísseis balísticos foram lançados. O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, declarou ter interceptado 13 drones ucranianos.


As hostilidades ocorrem em um momento de impasse nas negociações por um cessar-fogo mais duradouro e seguem após mais de três anos de conflito armado entre os dois países.




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